25 de abr. de 2010

Ao meu sobrinho Gabriel

Há algum tempo eu não tenho atualizado este blog, entretanto, meu sobrinho Gabriel me motivou a escrever algumas palavras, dada as suas manifestações espontânea de afeto que me emocionam, desde a primeira vez em que o segurei em meus braços, logo na sua primeira semana de vida.

Mas, hoje, esse guri já está às vésperas de completar três anos de sua chegada a nossa família. Sexta-feira à noite, quando cheguei à casa de minha mãe para apanhar meu material do futebol, fui recepcionado com um afetuoso abraço do Gabriel.


Em seguida, me pediu algumas ferramentas para brincar e enquanto eu lhe auxiliava a procurar os objetos que queria ele dispara: “tio, tu é muito legal”. Bah!!! Parece uma bobagem, mas a simplicidade e inocência com que essas palavras foram ditas me deixaram sem resposta tamanha demonstração espontânea de carinho. Tão logo separei os objetos para ele brincar ele dispara novamente: “tio, tu é muito legal comigo”.


São palavras singelas, mas, com a pureza com que me foram ditas eu quis compartilhar, para que todos saibam desça relação que pra mim transcende a de tio e sobrinho, mais que isso, somos amigos, cúmplices.


Essa inocência e franqueza do Gabriel é que me alimentam esperanças em coisas que persigo para minha vida, porque ele me faz acreditar nas pessoas e num mundo melhor.


Um dia quem sabe ele possa estar lendo esse blog, então meu conselho é de que ele seja um filho melhor do que eu fui para meu pai e do que estou sendo para minha mãe.


Meu pai sabia melhor do que ninguém demonstrar seu afeto e, eu, especialmente, algumas vezes não tive alcance para compreender isso e poder retribuir, mas parece que o Gabriel veio para me dar essa chance.


Gabriel, o tio tem o maior orgulho de ti e um carinho incomensurável. Me envaideço quando fico sabendo que chama por esse tio velho, ou seria esse velho tio?


Que Deus continue te abençoando e ilumine sempre todos os teus dias para que possas desfrutá-los da melhor maneira possível.

9 de fev. de 2009

Ensaio sobre a Cegueira - Ler o livro ou assitir ao filme?

Conclui hoje a leitura de um dos melhores livros que já li: Ensaio Sobre a Cegueira, de José Saramago, Nobel de Literatura.
Trata de uma epidemia de cegueira singular a partir de um motorista parado no sinal que se descobre subitamente cego. É o primeiro caso que logo se sucede incontrolavelmente. Resguardados em quarentena, os cegos se perceberão reduzidos à essência humana, expondo seus extintos primários na luta por suas necessidades indispensáveis.
Trata-se de uma leitura densa, que relata os dilemas dos seres humanos encarcerados e que se vêem obrigados a confiar uns nos outros com o intuito de manter a dignidade. Somente uma mulher não é atingida pelo mal branco que se alastra pela cidade desconhecida.
Terminada a leitura assisti ao filme baseado no livro homônimo. Possui um elenco respeitável, contudo, em minha opinião, a adaptação, embora seja fiel aos principais elementos do livro, segue a tendência de migrar para a esfera comercial.O livro é mais trás elementos mais abjetos, indo a fundo ao que tange à degradação.
O filme, porém, não é tão grotesco, pois um estupro coletivo é difícil de ser imaginado e não precisa de representação gráfica das obscenidades descritas na obra. Assim, detalhes como esse, receberam um tratamento menos agressivo na versão cinematográfica.
Enfim, toda a trama adaptada de uma obra, geralmente, divide opiniões e não seria diferente nesse caso, porque se trata de um escritor expressivo, um Nobel. De outro lado um Diretor Cinematográfico talentoso.
Salvo as alterações solicitadas pelo próprio autor após assistir a pré-estréia e a suavização requerida por excelência, podemos dizer que é uma boa adaptação. Entretanto, nenhuma adaptação, por melhor que seja, substitui a magia de um livro.
Modestamente, recomendo a leitura. Porém, acho válido e respeito aquelas pessoas que preferem a versão cinematográfica.

17 de dez. de 2008

Projeto Quadrante

Semana passa a Rede Globo exibiu a Microssérie Capitu, baseada na obra Dom Casmurro, de Machado de Assis. Capitu, faz parte do projeto Quadrante do Diretor Luiz Fernando Carvalho. Em 2007, fora apresentado A Pedra do Reino, baseado em livro homônimo de Ariano Suassuna. O Projeto compreende ainda a adapatação de outras duas Obras: Dançar Tango em Porto Alegre, de Sérgio Faraco e Dois Irmãos de Milton Hatoum. Esse projeto é interessante uma vez que aproxima o leigo do culto, pois tem como marcas o teatro televisivo e surrealista e a narrativa durante a encenação. Com esse estilo áudio-visual, a cenografia da minissérie, com direito a cenários traçados com giz, é bastante teatral, até porque remonta a uma das metáforas usadas pelo Machado de Assis em "Dom Casmurro", da ópera. Não à toa, muitos dos atores declamam seus textos como se estivessem no tablado de um palco. Com essa estética diferenciada para uma adaptação nada usual o diretor aproxima as pessoas comuns daquelas privilegiadas, onde cada um poderá tirar suas próprias conclusões, fugindo ao coloquial de: moral da história; certo ou errado. É uma nova maneira de fazer dramaturgia.
A trilha sonora dessa microssérie é outro ponto de destaque e por isso quero deixar aqui também um link do vídeo da música tema de Bentinho e Capitu:

5 de dez. de 2008

Cold Case - Kathryn Morris

Kathryn Morris, protagonista da série "Cold Case" ou "Arquivo Morto", título que ganhou no Brasil, tem como personagem a detetive Lilly Rush, da equipe de homicídios da polícia da Filadélfia. Sua missão é cuidar dos arquivos de crimes que nunca foram resolvidos. Interroga testemunhas dos crimes e tentar encontrar novas pistas para chegar a uma solução. Entretanto, seu trabalho acaba sempre abrindo novas feridas.
Alguns podem achar a série um pouco morna, mas, acho interessante e, particularmente, por causa da detetive Lilly Rush. Afinal, quem não tem seus idolos? E tem mais! Dúvido que haja outro seriado com melhor trilha sonora que o Cold Case.

Bispa Cléo Rossafa

Que Mulher interessantíssima!!!!!! Com o perdão do trocadilho.
Meus respeitos aos evangélicos, não quero zombar da religião de ninguém. Essa descoberta é o verdadeiro produto do ócio. Na madrugada, com o controle remoto na mão, passando canais, sem me fixar numa programação específica, deparo-me com aquela mulher de voz enérgica pregando o evangelho.
Chamou-me a atenção sua beleza exótica. Vaidosa, sempre maquiada e bem vestida, proclama a doutrina de uma maneira distinta, com uma impostação de voz que vai da eloqüência a breves pausas, acompanhadas de um sorriso enigamático (algo tipo Monalisa).
Sem ofensa mas é o melhor produto do Neoevangelho que, de maneira impressionante, com um doce sotaque caipira do Interior Paulista, fala de um modo que não há como deixar de prestar atenção, seja por sua beleza Vamp ou por sua pregação vigorosa.

Blog

Estou criando esse espaço para trocar idéias, tecer comentários, críticas, discutir diversos assuntos, assim como também receber as tais críticas e comentários a que me referi. Afinal é fácil só bater, no entanto precisamos nos colocar na outra banda e apanhar um pouco para entender como as coisas funcionam. Sou muito franco e, se porventura, em algum momento postar comentários que venham a ofender alguém de qualquer forma, peço que releve e me avise, pois os comentários aqui postados sempre serão de maneira genérica e em nenhum momento se dirigirão a propósitos de disseminação de ódio ou preconceito de qualquer espécie e a qualquer pessoa.